As acadêmicas bolsistas do PIBID Carla,
Conceição e Raquel concluíram o Projeto “Musicalizando com os sons do
corpo e do mundo", podendo afirmar que foi um sucesso, visto que as
crianças demonstraram interesse em todas as atividades e momentos vivenciados.
Por isso, as bolsistas consideram que os objetivos propostos foram alcançados e contribuíram para o enriquecimento musical de cada criança.
Na primeira aula, o grupo de dança do CEMAE fez
suas apresentações e os pequenos ficaram bem empolgados. Propôs-se também
jogos de improvisação de passos de dança, que estimularam a expressão pelo
gesto, a memória visual, auditiva, musical, e a percepção do espaço.
As crianças entram em contato, desde cedo, com as
diversas culturas musicais. A linguagem musical, através da dança, sons e
movimentos, faz com que as crianças ampliem os modos de reflexão e expressão de
conquistas corporais e musicais, essenciais para desenvolver sua musicalidade,
que é um excelente meio de expressão, de equilíbrio, de auto estima e
autoconhecimento, além de um poderoso meio de integração social.
Ao brincar, a criança liberta-se de restrições
arbitrárias e expande o próprio campo de ação. A dança, vinculada com o lúdico,
possibilita uma maior riqueza de reações e melhora a capacidade de
relacionamento e adaptação. A dança de forma prazerosa torna o aluno mais
flexível e expressivo.
Na atividade da gincana dos sons, dividiu-se a
turma em três grupos para adivinhar os sons que eram produzidos, como tosse,
palmas, bater os pés, apito, flauta, bater a tampa de panelas, espirro, som do
violão, balão saindo o ar, som do beijo, pandeiro, etc. Assim, cada criança que
acertava, ganhava um ponto, mas todas receberam de premiação, pela participação,
um pirulito e uma bala. Nessa atividade, procurou-se desenvolver a
descriminação dos sons e a importância da coletividade. As crianças aprenderam
que, com o corpo, a gente pode produzir diversos tipos de sons
(voluntários, involuntários, intensos, sutis, graves, médios, agudos, etc.;) e,
se listarmos os diferentes timbres que fazem parte do nosso dia-dia, além da
voz, podemos ouvir outros, como: ronco, palma, assobio, estalo de dedos,
respiração, espirro, soluço, arroto, etc.
Na atividade da construção de instrumentos musicais, momento em que cada
criança pode fazer o seu instrumento musical com a auxílio das pibidianas,
conseguiram construir chocalhos, baterias, prato musical e flauta d’agua. As crianças
se divertiram bastante interagindo, e puderam
explorar os instrumentos brincando com a música, imitando, inventando e
reproduzindo sons, aumentando, assim, a sensibilidade e a capacidade de
concentração, percepção, audição e habilidades em acompanhamento rítmico com
instrumentos.
Na atividade do sarau com grupo do CEMAE, as crianças apreciaram este
momento com vários estilos musicais, cantando músicas variando intensidades e foi muito divertido, pois cantaram cantigas como “Sapo
cururu” e “Dona aranha”, entre tantas outras. Os alunos estavam fascinados com
o sarau, batendo palmas cantando e fazendo pedido de algumas músicas
conhecidas, dançando ao final. Tiveram a oportunidade de reconhecer os sons dos
instrumentos, o violão, o baixo e a gaita que era a finalidade da atividade,
além de muita diversão.
Faz parte da essência das crianças brincar e expressar interesses
musicais através da ação, da escuta e da produção de sons do corpo, da
natureza, dos objetos e dos instrumentos. Isso os levará a uma viagem cheia de
descobertas sonoras, brincadeiras com muita aprendizagem e diversão.
Na atividade dos sons ao meu redor, fizeram um passeio pelo bairro,
levando as crianças para a pracinha. No caminho, eles escutaram os sons da rua,
que chamavam a atenção, como: cachorros latindo, buzinas de carro, pássaros
cantando, etc. Nesse passeio, os pequenos desenvolveram a escuta, a atenção e a
percepção dos diversos sons.
Foi proposto para as crianças confeccionarem, com argila, o que mais
chamou atenção, em termos sonoros, durante o passeio ou o que mais gostaram.
Fizeram caminhão, moto, chocalho, armadilha para lobo cair, brigadeiro, valo,
um boneco de neve, enfim, tudo o que brotou de suas imaginações. Nesse passeio, classificou-se os tipos de sons: tecnológicos (sons de carro e buzinas), humanos
(pessoas tossindo ou espirrando), e naturais (sons da natureza).
Na atividade com balões, cada criança tinha um balão e as pibidianas,
com o instrumento chamado triângulo, cantaram a música “borboletinha”,
realizando uma brincadeira de variação dos parâmetros do som e movimentos
diferentes: cantando rápido e devagar, andando normal e rápido, na ponta dos
pés, bem devagar e pulando com um pé só, etc. Assim, essa atividade possibilitou às
crianças interagirem entre elas, além de desenvolverem a coordenação motora ampla,
reconhecendo a variação dos parâmetros do som e a manipulação da brincadeira
com os balões.
Na atividade do passa anel, escolheram uma
música e começaram a cantar. Enquanto um aluno fechava os olhos, e outro elegia
a quem deixar o anel. A turma restante estava sentada em roda. No momento da
parada da música, é depositado o anel nas mãos de um colega, e outro colega irá
adivinhar em quais mãos ficou o anel. Essa
brincadeira "Passa anel" exige o controle da expressão facial,
destreza com as mãos e a capacidade de observação e a
musicalização.
Na atividade da apreciação musical, as acadêmicas
bolsistas convidaram um músico para tocar. Como se tratava da semana
farroupilha, o estilo musical era do RS. A música é um elemento fundamental.
Assim que se desenvolve musicalmente, a criança começa a seexpressar de outra
maneira e é capaz de integrar-se ativamente na sociedade, porque a música ajuda
a desenvolver autonomia em suas atividades habituais, assumir cuidado de si
mesmo e ampliar seu mundo de relacionamentos. A criança que tem contato com a
música aprende a conviver melhor com outras crianças, estabelecendo uma
comunicação mais harmoniosa. Com essa atividade, desenvolveu-se a sensibilidade, a criatividade,
o senso rítmico, o prazer de ouvir música, a imaginação, a memória, a
concentração, a atenção e o respeito ao próximo, também contribuindo para uma
efetiva consciência corporal e de movimentação.
No final do projeto “Musicalizando com os sons do corpo e do mundo”, que
ocorreu dia 07 de dezembro, inaugurou-se o muro de grafite na escola parceira
do PIBID, EMEI BEM ME QUER, no município de Igrejinha- RS, onde as pibidianas e
a coordenadora do PIBID Patrícia Kebach foram recebidas pelos alunos,
professoras, a supervisora do PIBID Angélica Souza e a diretora da escola
Marcela Allgayer com linda confraternização.
Os sorrisos dos pequenos, dizendo “as pibidiaaaas”, aplaudindo a nossa
chegada, resumem-se em uma palavra: GRATIDÃO. Nós é que agradecemos por
aprender tanto com eles.
Os pequenos fizeram belas apresentações de músicas e dança juntamente
com as professoras. Foi notória a alegria das crianças em compartilhar momentos
com estes.
A música faz sonhar, ter alegrias, dançar, de uma forma ou de outra faz
expressar sentimentos, pois aprender sobre música significa integrar
experiências que envolvem a vivência, a percepção e a reflexão, contribuindo
para a formação de seres humanos sensíveis, criativos e reflexivos e
proporciona o conhecimento e a reflexão sobre a ligação entre a fantasia e a
realidade.