domingo, 4 de junho de 2017

Matemática na Educação Infantil

As ações do projeto “Conceitos Básicos de Dimensões e Noções Matemáticas”, aplicado pelas acadêmicas Silvana e Beatriz, teve, como objetivo geral, desenvolver progressivamente o raciocínio lógico das crianças, através de jogos e brincadeiras.
 


 Foram desenvolvidas várias práticas lúdicas e significativas, oportunizando aos alunos o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. 
A proposta evidenciou oferecer, para a faixa etária de 3 a 4 anos, a ampliação de seus conhecimentos sobre formas, tamanhos, dimensões e quantidades. 


As acadêmicas bolsistas proporcionaram às crianças um ambiente de exploração de diferentes ideias matemáticas, através de múltiplas formas. 
A ludicidade apresenta-se como uma estratégia didático-pedagógica produtiva para o campo de experiência que abrange espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. 


A interação, a socialização de ideias e troca de informações são elementos indispensáveis para o desenvolvimento desse campo na Educação Infantil.
As atividades iniciaram com a contação da história “A Casa Sonolenta”, de Audrey Wood, através de uma dramatização e a participação ativa dos alunos. 
Com a história, foi possível despertar o interesse das crianças em relação às dimensões de grande e pequeno e as noções espaciais de em cima e em baixo. 


Dando seguimento às atividades, os alunos foram convidados a visitar e conhecer uma casa pequena feita de material reciclado em outra sala de aula na escola. Através da observação sobre as propriedades da pequena casa, os alunos precisavam relatar aos colegas e para as professoras as semelhanças e diferenças entre aquilo que verificavam na casinha e o que havia em suas próprias casas. 


Para instigar a pesquisa e observações dos pequenos, as acadêmicas bolsistas realizaram uma série de questionamentos:  será que tem os mesmos objetos nesta casa e na de vocês? Tem quarto, cozinha, sala e banheiro também? Os tamanhos são os mesmos? Será que a casinha que foi visitada, e a casa onde vocês moram é igual a da história? 

          
A fim de colocar os pequenos em contato com a contagem de números, mesmo que a partir de relações termo a termo, no decorrer das aulas aplicadas, foi realizado o jogo “tirando do prato”. O jogo ocorreu da seguinte forma: as acadêmicas bolsistas iniciaram demonstrando e explicando como se utiliza um dado e como ele pode ser utilizado em brincadeiras. Assim, explicaram aos alunos que em cada lado do dado contém figuras de bolinhas, representando uma quantidade para ser contada. 


Ao demonstrar cada lado, procuraram incentivar as crianças a contar quantas bolinhas havia em cada um deles. Prosseguiram a brincadeira dizendo que, para saber o número que vai aparecer, é necessário jogar o dado no chão. Cada aluno recebeu um prato descartável contendo dez objetos: 4 balas, 3 pirulitos e 3 tampinhas. Em seguida, um aluno de cada vez jogou o dado e, com o auxílio das bolsistas, todos contavam a quantidade de bolinhas que aparecia, e a criança que havia jogado o dado retirava do seu prato os objetos na mesma quantidade. Assim, todos tiveram a oportunidade de jogar o dado e realizar as contagens com o auxílio dos colegas e das acadêmicas. As crianças ficaram muito entusiasmadas durante essa brincadeira. 


No decorrer das atividades, as bolsistas propuseram aos alunos a participação em diferentes jogos envolvendo noções matemáticas, como, por exemplo, a brincadeira com círculos riscados no chão, para desenvolver a noção de dentro e fora. As crianças, neste jogo, deveriam fazer de conta que eram pulgas e, ao comando de uma das acadêmicas, e imitando corporalmente as pulgas, pular para dentro e para fora dos círculos.  


Outra atividade realizada, que gerou bastante interesse, visou à reflexão coletiva sobre o desenho “Clifford meu Gigante Cão Vermelho” (Episódio 1). Após assistirem e refletirem sobre o que viram no desenho, com muita expectativa de brincar, os alunos participaram das atividades dirigidas envolvendo as dimensões de grande e pequeno. A brincadeira ocorreu da seguinte forma: primeiramente, as crianças deveriam se enfileirar, do maior para o menor, organizando-se em forma de círculo. Depois, ao comando de uma das bolsistas, como na brincadeira “Vivo e Morto”, as crianças deveriam se levantar ou se abaixar. Entretanto, os termos utilizados pela acadêmica foram “Grande” (para que ficassem de pé) e “Pequeno”, para que se abaixassem. 
No seguimento das atividades, as crianças permaneceram em fila, do maior para o menor, e criam uma coreografia, imitando o trem subindo a montanha (todos andavam de pé); descendo a montanha (todos se abaixavam um pouco). Depois, ainda outros comandos foram dados: andando ligeiro e devagar; para frente e para trás; para a esquerda e direita; andando em círculos ou linha reta; etc. 

Dando seguimento às brincadeiras, a turma de Maternal IID foi organizada em três grupos: cada grupo, com seus integrantes enfileirados, recebeu uma bola de tamanhos e cores diferentes (tamanhos de bola grande, média e pequena). Ao sinal das acadêmicas bolsistas, os alunos passavam a bola de mão em mão, para trás, primeiro por cima da cabeça; depois, por baixo das pernas; em seguida, pelo lado esquerdo, depois, pelo direito. Durante esta atividade, as crianças tiveram de se coordenar para não deixar a bola cair, agindo de forma cooperativa. 


O projeto foi desenvolvido com aplicações de várias atividades lúdicas, como as citadas acima. Mas uma que chamou nossa atenção, pelo fato de despertar a criatividade dos pequenos, foi a em que procuramos utilizar  materiais naturais, como galhos de árvores, cujas crianças deveriam diferenciar e classificar, através de comparações, suas dimensões e espessuras. 


Aproveitaram também o momento para dialogar com as crianças sobre sustentabilidade. As acadêmicas, além de refletir coletivamente com as crianças sobre a importância dos cuidados com a natureza, explicaram sobre o processo de poda (retirada dos galhos secos para renovar as árvores e para nascer folhas novas). Assim, os alunos tiveram também a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a natureza e puderam tocar, pegar e andar com os pés descalço sobre os galhos. 


Que maravilha de projeto!! As crianças adoraram todas as brincadeiras e aprenderam uma porção de coisas!


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